Olá pessoal... quem aconpanha fielmente o nosso Blog deve lembrar da postagem sobre animais venenosos publicada aqui a algum tempo (reveja AQUI!). O post de hoje segue a mesma linha... ou quase. Na verdade, essa matéria também fala dos seres tóxicos existentes na natureza, mas o foco de hoje é nos vegetais. Conheça aqui no BioLoukos IFPI algumas das plantas mais tóxicas encontradas no Nordeste.
BioLoukos IFPI apresenta: Venenolândia!!! [Parte 2]
PLANTAS TÓXICAS
Em nosso cotidiano, convivemos com plantas que podem ser tóxicas, as quais podem ocasionar até nossa morte, existindo algumas características quanto a intoxicação através delas.
A intoxicação pode ser aguda, que ocorre quase sempre por ingestão, geralmente crianças ou pessoas não esclarecidas. Intoxicação crônica, que decorre da ingestão continuada, acidental ou propositada de certas espécies vegetais.
Existe também a exposição crônica, evidenciada por manifestações cutâneas em decorrência do contato sistemático com vegetais. E pela utilização continuada de certas espécies vegetais sob a forma de pó para inalação, fumos ou infusões, a fim de obter efeitos alucinógenos ou entorpecentes.
Considerando a região Nordeste, as plantas que mais provocam intoxicação são as seguintes:
1. Dieffenbachia seguine: Mais conhecida pelo nome comum Comigo-ninguém-pode, é uma planta da família das Araceae. Nas folhas e no caule dessa planta ocorrem células especializadas chamadas idioblastos que guardam uma grande quantidade de pequenos cristais de oxalato de cálcio em forma de agulhas. Esses cristais recebem o nome de ráfides e são responsáveis por grande parte da toxicidade do vegetal.
2. Ricinus communis: O rícino, também conhecido como mamona, é uma euforbiácea conhecida pelos Egípcios como planta oleosa há mais de 4000 anos. As sementes de rícino (Ricinus communis) contêm substâncias tóxicas, que têm um efeito parecido ao do veneno dos fungos do género Amanita, que atacam e destroem os glóbulos vermelhos dos animais de sangue quente. Cerca de 12 g de sementes de rícino (Ricinus communis) podem produzir a morte de uma pessoa. No caso de uma criança, basta ingerir três ou quatro grãos.
3. Stryphnodendron coriaceum: Esta árvore é conhecida popularmente como "barbartimão", "barbartimão do Nordeste" ou "barbatimão do Piauí"; ela é uma importante planta tóxica da região Nordeste, especialmente do Piauí, Maranhão, Oeste da Bahia e do Norte de Goiás.
4. Ipomoea asarifolia: É uma planta tóxica, conhecida como salsa, batata salsa e salsa brava, da família Convolvulaceae, presente às margens de rios, lagoas e praias em todo o Brasil, sendo responsável pela intoxicação natural em ruminantes, principalmente no NE brasileiro, causando excitabilidade e alterações no hemograma e perfil bioquímico desses animais, além de pequenas lesões macroscópicas e microscópicas nos órgãos internos (encéfalo, fígado e rins).
5. Mimosa tenuiflora: também conhecida como Jurema, é um arbusto nativo da região nordeste do Brasil (Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Pernambuco, Bahia) e encontrada também do norte até o sul do México.
Na maioria dos acidentes, as vítimas são as crianças, pois a planta tem cores que são atrativas e aparentam ter um sabor agradável.
Devemos fazer uma prevenção de segurança em relação a isso, seguindo algumas regras básicas:
- Conhecer as plantas perigosas da região, residência, aspecto e pelo nome.
- Não comer plantas sem saber a procedência.
- Conservar plantas, sementes, etc., longe do alcance de crianças.
- Ensinar as crianças a não colocar nenhum objeto ou plantas na boca.
- Identificar a planta antes de comer seus frutos.
- O aquecimento ou cozimento, nem sempre destrõem a substância tóxica.
- Não tomar nenhum remédio caseiro sem antes consultar um médico.
- Evitar aspirar a fumaça de plantas que estão sendo queimadas.
- Não existem regras para práticas seguras para se distinguir plantas comestíveis das venenosas.
TRATAMENTOS GERAIS PARA VÍTIMAS INTOXICADAS
O tratamento por qualquer tipo de intoxicação deve ser feito da seguinte maneira:
1- Diminuição da exposição do organismo ao tóxico:
Nos casos de intoxicação aguda, geralmente é porque ocorreu ingestão da planta ou alguma parte dela, o procedimento mais importante é o esvaziamento gástrico.
2- Aumento da eliminação do tóxico já absorvido:
É um importante procedimento para o tratamento das intoxicações de outros tipos, é usado medidas depuradoras renais ou extra-renais, visavam mais ao tratamento das graves complicações hepáticas ou renais.
3- Administração de antídotos:
É importante o uso de antídotos dependendo do caso, como por exemplo com a mandioca brava que quando ingerida libera cianetos, nesse caso administra-se nitritos e hipossulfitos.
4- Tratamento geral e sintomático:
Esta é uma etapa bastante importante, a qual vai influenciar no prognóstico do intoxicado.
É isso ai galera, espero que esse post venha a esclarecer algumas dúvidas! Agora vamos tomar cuidado com o tipo de plantas que encontramos no nosso dia a dia! Até a próxima!!
POSTADO por EDUARDO DE MORAES \,,/_