Oi galera, hoje, aqui no BioLoukos vamos falar de um grupo de seres que geralmente causa nojo, caras feias, corre-corre e gritaria... estamos falando das BARATAS!!! Nesse post vc vai conferir um pouco mais sobre os hábitos, as diferenças de espécies e algumas curiosidades desses bichinhos que nos causam tanto repúdio.
“[Joe] BioLoukos e as baratas!!”
ORIGEM E CARACTERÍSTICAS: Os animais pertencentes à Ordem Blattaria são atendidos, popularmente, pelo nome de baratas. Elas são encontradas em todas as partes do planeta, em diversos habitats, como no substrato de matas, ambientes aquáticos, desertos e cavernas. Registros fósseis indicam que esses insetos eram predominantes no Carbonífero (200 a 350 milhões de anos atrás), justificando o porquê desse período, muitas vezes, ser denominado “Age of Cockroaches” (em Inglês, baratas são chamadas de cockroaches).
Por volta de 1% desses animais, o que corresponde a aproximadamente 20 espécies, costuma viver e se reproduzir em esgotos, bueiros, domicílios e estabelecimentos. Cinco dessas espécies são encontradas nesses ambientes, em todo o mundo. São elas a Blatella germanica, Supella longipalpa, Periplaneta americana, P. australasiae e Blatta orientalis. Essas baratas são consideradas sinantrópicas, em virtude da relação próxima que possuem com a nossa espécie e podem transmitir a grande maioria das doenças causadas por bactérias, fungos e vermes.
As baratas atuais, quando comparadas às suas ancestrais, demonstram uma enorme capacidade de adaptação às mudanças ambientais, apresentando pequenas variações morfológicas.desde a sua origem até hoje as modificações mais acentuadas ocorridas nos corpos desses insetos foram: variação no padrão, numero de nervuras das asas e espinhos nas patas. Não foram elucidados, entretanto, quais os benefícios que essas modificações possam ter trazido para o processo de adaptação. Em geral são de coloração parda, marrom ou negra, porém existem espécies coloridas. Nas zonas tropicais, predominam as de cor marrom avermelhada, além das cores verde e amarela. O formato e o tamanho variam dependendo da espécie, mas em gênero podemos dizer que as fêmeas são maiores que os machos, porém os machos têm as asas mais desenvolvidas. A maior barata tem aproximadamente 20 centímetros de comprimento. Já a menor cerca de 4 milímetros e por ser tão pequena, vive em ninhos de formigas. As baratas gostam de ambientes úmidos e algumas espécies preferem lugares quentes. A alimentação é variada. As baratas são insetos onívoros, ou seja, comem qualquer coisa, tendo principal atração por doces, alimentos gordurosos e de origem animal. Uma curiosidade é que podem viver uma semana sem beber e até um mês sem comer.
As baratas podem ocasionar os seguintes problemas: atuar como vetores mecânicos (vírus, fungos, bactérias e protozoários) e biológicos (ser hospedeiro intermediário de vermes); reações alérgicas (contato com as fezes); inutilizar alimentos (deixam odor repugnante); roer/sujar roupas e livros; ser uma praga agrícola de relativa importância (roer raízes e atacar produtos armazenados); e psicológicos, por causarem sensação de asco e medo.Apesar deste lado negativo, as baratas para muitos povos, atualmente e no passado, têm um lugar de destaque no folclore, encontrando se relatos em modinhas, superstições, jogos infantis, medicina popular, provérbios, adivinhações, ditados e na alimentação. Na medicina popular existem vários relatos de algumas espécies, principalmente Blatta orientalis, em serem usadas para curar várias doenças, como por exemplo: alcoolismo, asma, bronquite, cólicas intestinais, dores de cabeça e ouvido, furúnculos, gripe, entre outras. Alguns pesquisadores, em sua maioria russos e alemães, nos séculos 19 e 20 (a primeira metade) fizeram vários estudos para comprovar o efeito terapêutico das baratas, e em muitos casos havia. Na alimentação humana, para muitos povos orientais as baratas fazem parte de sua dieta, sendo comidas cruas ou cozidas. No Brasil, os índios Chocleng (Santa Catarina) apreciavam as baratas.
Além disso, as baratas são utilizadas como material didático em aulas de entomologia (anatomia), manutenção de criações de outros insetos, e como iscas para pescadores. Em ecossistemas naturais as baratas são importantes como fonte de alimento de diversas espécies de animais, como o “Loss” e o “Calixto”, e também por atuarem na ciclagem dos nutrientes (saprófagos).
Aqui vão as 4 espécies de baratas mais comuns:
1. Barata Americana (Periplaneta americana)
Principais características:→Apresenta-se na cor marrom avermelhada
→São voadoras
→Gostam de lugares como porões, ralos, lixos e esgotos.
→Comem de tudo.
Curiosidades: Têm grande atração por bebida alcoólica, em especial por cerveja.
2. Barata Alemã (Blattella germânica)
Principais características Apresenta-se na cor marrom claro.
→Não voam
→Come de tudo
→Gostam de áreas como banheiros e cozinhas
Curiosidades: Vivem em bando e são muito comuns em grandes infestações.
3. Barata Listrada (Supella longipalapa)
Principais características→Possui duas manchas marrons amareladas nas asas.
→Vive isolada.
→Gosta de lugares quentes e úmidos
→Come restos de tudo
Curiosidades: Não são dependentes de lugares úmidos como a maioria das espécies. Algumas vezes são confundidas com a barata alemã.
4. Barata Oriental (Blatta orientalis)
Principais características →Apresentam-se nas cores marrom escuro e preto brilhante.
→São voadoras
→Gostam de lugares frios e úmidos como porões e ralos.
→Comem de tudo
Curiosidades: Os machos são maiores do que as fêmeas.
CONTROLE:
Inimigos naturais:
Existem muitos inimigos naturais (predadores e parasitas) que atacam as baratas, como por exemplo, osgas (lagartixas), bactérias, vermes, fungos, protozoários, artrópodes (ácaros, aranhas, besouros, escorpiões, hemípteros e himenópteros) e vertebrados. Dentre os himenópteros, seis famílias se desenvolvem em ovos (exemplo: Evaniidae, Encyrtidae, Chalcididae e Eulophidae), e na família Sphecidae, principalmente as ninfas de baratas são paralisadas e colocadas no ninho destas vespas para servirem como alimento para as larvas.
Antes de tomar qualquer medida de controle, o monitoramento de um local é importante para verificar o nível de infestação, o número de espécies existentes, e a localização do foco de infestação.
Os inseticidas utilizados no controle de baratas como os pós-secos, formulações para pulverizações residuais e aerossóis são eficientes (para infestações pequenas e localizadas) e práticos de serem usados, causando uma morte rápida. Apesar destas características, em geral, esses produtos não se mostram eficientes, devido à má qualidade da aplicação, pelos produtos terem uma formulação e dosagens incorretas, da utilização em momentos inadequados (alta densidade populacional), condições climáticas inadequadas e pela evolução da resistência. Como conseqüências da resistência ocorre uma maior freqüência de aplicações, aumento da dosagem utilizada, substituições por outros produtos (em média, uma classe de inseticidas é perdida a cada 10 anos), aumento da contaminação do meio ambiente, eliminação de organismos benéficos e na elevação dos custos. Como uma nova metodologia, as iscas vêm sendo adotadas nos últimos anos com razoável sucesso, sendo compostas por uma parte atrativa (mel, açúcar ou soja) e outra do principio ativo (propoxur, triclorfom, malatiom, diazinom, clorpirifós ou fipronil). Em breve, outros tipos de princípios ativos serão utilizados, os IGRs (os juvenóides e os inibidores de síntese de quitina), sendo mais eficazes, devido à ausência de toxicidade para os vertebrados e de rápida degradação no meio ambiente.
Manejo do Ambiente:
A utilização de isca por si só não resolverá o problema, se um manejo adequado do ambiente não for efetuado. Este manejo consiste: na limpeza constante da casa (principalmente a cozinha); evitar o acumulo de lixo na cozinha e no banheiro; consertar vazamentos de água; vedar todas as frescas da parede, ou seja, realizar um bom acabamento da casa; telar janelas e portas; e colocar protetor nos ralos. Dependendo da situação, somente estas medidas são suficientes para manter o local ausente de baratas.
As baratas são conhecidas por possuírem grande resistência. E esses bichinhos (ao contrário do que muitos pensam) são mais espertos do que parecem!
O cérebro das baratas está localizado em seu corpo e não na cabeça. Se por algum acidente natural (ou não!) elas perderem a cabeça podem viver até 9 dias totalmente decapitada. E seu triste final chega apenas pelo fato de que sem cabeça, elas não podem comer!
· As baratas são capazes de suportar grandes doses de radioatividade: ainda estão sendo feitos estudos relacionados, mas pesquisadores acreditam que elas sobreviveram as bombas nucleares que caíram sobre Hiroshima e Nagasaki.
· Podem também sobreviver durante mais de um mês sem água. E acreditem! Em caso de necessidade podem absorver a umidade do ambiente através do corpo.
· Até hoje existem pelo menos 3.500 espécies de baratas e a maioria de origem tropical e que vivem em exteriores. Preferem alimentos como grãos contendo amido, gorduras e açúcares e podem comer desde couro até alimentos pastosos. Geralmente estão ativas a noite e passam cerca 75% de sua vida em buracos, fissuras ou pequenas cavidades.
· Interessantes é que as baratas são praticamente cegas, mas suas antenas são bastante poderosas e podem detectar vibrações, mudanças de temperatura, umidade e é assim que elas decidem sair correndo para se esconder do perigo. Conseguem perceber o perigo através de mudanças na corrente do ar à sua volta. Elas possuem pequenos pelos nas costas que funcionam como sensores, informando a hora de correr.
· E o pior: são consideradas os principais vetores de transmissão de doenças ao homem através da contaminação de alimentos e utensílios de cozinha apenas por um simples contato. Estão comprovadas 32 doenças causadas por bacterias, 17 por fungos, 3 por protozoários e 2 por vírus, todas vindas de contatos com baratas!
POSTADO por Eduardo Sousa d-.-b