Olá pessoal... No curso de Ciências Biológicas campus FLO durante o 6º módulo nós alunos pagamos uma disciplina chamada EVOLUÇÃO. Quando se fala em evolução biológica acredito que para a maioria das pessoas o primeiro nome que lhes vem à cabeça seja "Charles Darwin". Nada menos natural! A importância das descobertas desse homem para a ciência como um todo são imensuráveis! Outro dia a professora da disciplina, Michelle Lima, nos pediu que assistíssemos o filme "Criação", de Jon Amiel (2009), e fizéssemos uma resenha sobre o mesmo. Como já tinha feito antes, decidi coompartilhar masis esta resenha com vocês. Espero que gostem... e espero que minha professora goste mais ainda!! kkkk... Abraçs...
RESENHA DO FILME "CRIAÇÃO", DE JON AMIEL
Título original: (Creation)
Lançamento: 2009 (Reino Unido)
Direção: Jon Amiel
Atores: Paul Bettany, Jennifer Connelly, Jeremy Northam, Toby Jones.
Duração: 108 min
Gênero: Drama
O filme Criação (Creation), de Jon Amiel, é um longametragem que trás aos espectadores o drama vivido por Charles Darwin a cerca de 152 anos atrás, quando o naturalista britânico vivia um confronto interno de suas ideias científicas com seus preceitos religiosos. A trama conta como foi que Charles Darwin, interpretado pelo ator Paul Betanny, chegou a conclusões tão audaciosas para a época. Basicamente, o filme é centrado na pessoa de Darwin e seus confrontos de ideais; as influências de seus familiares, principalmente a esposa Emma Darwin e a filha Annie, (interpretadas por Jennifer Connelly e Martha West, respectivamente); e os efeitos que a publicação de seus estudos científicos traria para a sociedade como um todo. O filme segue uma linha mais voltada para a análise dos conflitos de consciência de Darwin do que para explanação didática propriamente dita do assunto.
O ambiente do filme é o interior da Inglaterra durante os anos que antecederam a publicação do livro “A Origem das Espécies”, de 1859, período em que Darwin já havia voltado de sua viagem a bordo do Beagle e agora procurava organizar os dados acumulados durante a viagem. Vindo de uma família de grandes posses e vivendo em uma sociedade em que a Igreja e seus preceitos exerciam uma influencia de grande peso sobre a cabeça das pessoas, Charles Darwin se vê atormentado por ter ideias que iam contra o que a Igreja ditava, sendo a principal delas a da Seleção Natural. Para a instituição, imperava o Fixismo, e Deus seria o criador de todos os seres, que nasciam, viviam e morriam segundo Sua vontade. Essa relação de influencia da Igreja fica explicita na personagem de Emma, altamente religiosa e que primariamente é contra a publicação dos estudos de seu marido. Além dela, a figura do reverendo interpretado por Jeremy Northam, também exerce essa força repelente ao pensamento darwiniano. A ideia de contrariar a crença da época assustava bastante Darwin. Isso fica explicito, por exemplo, na cena em que acontece a única aparição de Thomas Huxley, com seu comentário curto, mas complexo: “Você matou Deus!”. Ao ouvir essas palavras da boca de Huxley, Charles Darwin percebeu a grande influencia que suas conclusões trariam para a sociedade.
Porém, a favor da publicação dessas ideias capazes de mudar a forma de ver o mundo da época, Charles Darwin contou com alguns amigos e acontecimentos especiais. Dentre aqueles que mais apoiavam Darwin, seu amigo Joseph Dalton Hooker era o que se mostrava mais entusiasta para que ele publicasse seu livro. Além deste, havia também sua filha, Annie. Bem, na verdade não exatamente ela, que havia falecido com apenas 10 anos, mas a representação do alter-ego de Darwin tomando sua filha como forma. Estas “aparições” de Annie eram na verdade surtos psicóticos de Dawin gerados pelo intenso confronto de suas ideias. “Annie” se mostra a favor da publicação e chega a pressionar Charles Darwin, mostrando nesse momento a sua libertação das crenças religiosas. Entretanto, antes de finalmente concluir sua obra, Darwin recebe uma carta enviada por Alfred Russel Wallace, em que o mesmo chegava às mesmas conclusões que Darwin. Aqui se dá uma das cenas fortes do filme e que explicita a rivalidade existente hoje a respeito da autoria das ideias evolucionistas de Darwin e Wallace, em termos gerais: Sentado num banco no jardim, Darwin percebe que Wallace tinha conseguido resumir em cerca de 20 páginas o que ele não conseguira fazer em mais de 250.
Esse fato, somado com o peso de suas confusões mentais leva Charles Darwin a passar certo tempo se tratando psicologicamente. A partir daí ele se vê capaz de concluir seus pensamentos e, com o apoio de sua esposa Emma, finalmente publicar sua obra-prima “A Origem das Espécies”, onde procurou explicar o surgimento de novas espécies de seres vivos por mecanismos científicos, como a Seleção Natural. A mais “perigosa” de suas ideias, entretanto, encontrava-se no ato de extrapolar a evolução para níveis mais complexos, onde se enquadravam os seres humanos. Aqui Charles Darwin encontrou sua maior barreira, principalmente às vistas da Igreja.
Particularmente, acredito que as influencias de Charles Darwin e Alfred Wallace, este em menor grau talvez por puro consenso comum, foram de uma importância histórica e cientifica imensurável. A partir de seus estudos e conclusões pudemos chegar aos atuais níveis de conhecimento que temos. Quanto à relação delicada que estes estudos têm com a Igreja inclusive até os dias de hoje, acredito que ambas as premissas podem caminhar lado a lado, desde que sejam respeitados os limites éticos existentes.
POSTADO por EDUARDO DE MORAES \,,/_