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terça-feira, 27 de setembro de 2011

Pássaros seguem receita??

Olá pessoal, como vão as coisas? Espero que tudo bem! O post de hoje é uma ideia sugerida pelo nosso colega blogger JAIR FEITOSA, que viu uma noticia na internet e pediu a nossa opinião sobre o assunto. Antes de tudo quero deixar claro que as opiniões aqui expressas são de minha autoria, então, não falo pelos outros bloggers que compõem O BioLoukos IFPI. Espero que eles também opinem a respeito! Enfim, o assunto é sobre a construção dos ninhos de pássaros.

Na página da revista VEJA, foi publicada uma matéria na qual cientistas das universidades de Edinburg, St Andrews Glasgow, da Inglaterra, afirmam que a habilidade de construir ninhos é algo aprendido pelos pássaros, indo contra o senso comum de que essa é uma habilidade 'escrita' no código genético desses animais.


Durante a  pesquisa, os cientistas filmaram Tecelões-Mascarados do Sul (pássaros da espécie Ploceus velatus) em Botsuana, na África, enquanto construíam vários ninhos para o acasalamento. Essa espécie foi escolhida por construir ninhos complexos (sinal de inteligencia) e em altas quantidades (dezenas por estação). Os cientistas descobriram que a construção dos ninhos variava em vários aspectos, tais como a técnica de construção e a direção da montagem do ninho. A partir dessas observações, Patrick Walsh, um dos autores do estudo, pode afirmar que os pássaros NÃO NASCEM SABENDO CONSTRUIR NINHOS, ELES APRENDEM POR MEIO DA EXPERIÊNCIA. Segundo ele, "se os pássaros construíssem os ninhos de acordo com um modelo genético, os ninhos seriam construídos do mesmo jeito em todas as oportunidades."

>Minha opinião sobre o assunto é a seguinte:
Sabe-se que nós seres vivos temos o material genético como uma espécie de receita de bolo a ser seguida, onde a expressão desse código genético seria o bolo pronto. Para ter o bolo pronto, é preciso seguir uma receita, com ingredientes e meios de fazer específicos. Se fizermos mudanças nos métodos de fazer o bolo, alguns resultados podem ser alterados porém, no final ainda teremos um bolo. Ou seja, análogamente, no caso específico dos Tecelões-Mascarados do Sul, se considerarmos o material genético como uma 'receita' que vai direcionar o pássaro em como fazer seu ninho, então ele instintivamente iria saber como fazer sem precisar da experiência. Porém, esses indivíduos sofrem influências variadas, tanto do ambiente, de indivíduos de outras espécies e até mesmo da própria espécie, e essas influências podem ocasionar em mudanças nos métodos de fabricação dos ninhos. Mas no fim, ainda conseguiriam fazer um ninho. Logo, a genética tem sim sua influência sobre o instinto desses animais, porém, variações em seus atos podem ocorrer se estes forem expostos a novas experiências, que faça-os aprender por si. Concluindo, acredito que é muito cedo para afirmar tão categoricamente que a experiência se sobreponha à genética, mas não podemos ignorar que ela exerce enorme influência nos espécimes, podendo ocasionar em comportamentos não codificados pelo seu material genético.

POSTADO por EDUARDO SOUSA \,,/_

Um comentário:

  1. Pois é. Esse debate dá muito pano pra manga. Mais eu acho que a experiência conta mais. Foi nesse ritmo que ancestrais do Homo sapiens trilharam. Assim, experiência pode ser vivenciada ativamente logo depois do nascimento; é um novo mundo onde os mais habilidosos terão "que dar conta do recado" ou então sucumbirão por seleção natural (não tão a rigor, mais geralmente é assim).
    Legal mesmo é ver que diversos bichos têm capacidades ímpares. E pode crer que suas estratégias de sobrevivencia funcionam por meio delas.
    abcs e espero mais contribuições pra esse tema interessante
    Chico Mário

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