Pra quem achou que eu ia colocar aqui qualquer referência à essa música até bem popular (mas que eu, particularmente detesto!!), perdeu a viagem! Em uma das minhas 'andanças' por outros sites, vi uma chamada de matéria que me deixou intrigado: "Madeira que cupim não rói!"; Daí eu pensei: "Só sendo um pau tronco muito duro!!"
Fui ler a matéria e descobri que na verdade, a resistência da madeira citada no site, deve-se a uma adaptação contra cupins. Pesquisadores mostraram que a resistência da aroeira-do-sertão ao ataque de cupins deve-se à ação de uma proteína presente na planta que é letal para esses insetos. A aroeira-do-sertão é uma árvore encontrada no nordeste, centro-oeste, sudeste e sul do Brasil e conhecida por sua resistência a cupins. A descoberta pode levar ao desenvolvimento de inseticidas orgânicos, menos prejudiciais ao ambiente.
Muito usada na construção civil, a aroeira-do-sertão é conhecida por sua qualidade e grande resistência ao ataque de cupins. Essa ‘imunidade’ é atribuída à lectina, proteína presente em diversos organismos e que, nesse caso, funciona como um inseticida natural. Agora um estudo desenvolvido na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) desvenda os mecanismos desse efeito cupinicida, que resulta de um conjunto de ações da proteína no sistema orgânico dos insetos. “Descobrimos que, mesmo depois de ingerida, a lectina permanece ativa no intestino dos cupins, o que comprova sua resistência às enzimas que digerem proteínas consumidas por insetos”, afirma a bioquímica Patrícia Paiva, líder da pesquisa. Segundo ela, a lectina interage com carboidratos presentes no aparelho digestivo dos cupins, o que impede a digestão e absorção de nutrientes pelo inseto e leva a sua morte. Além disso, os pesquisadores atribuíram à lectina a capacidade de matar bactérias intestinais, responsáveis pela produção de enzimas que quebram celulose. “Sem a ação dessas enzimas digestivas, os cupins morrem”, acrescenta a bioquímica.
TESTES: Além de investigar a ação da lectina, o estudo buscava comprovar que a proteína está ativa na madeira da aroeira. Para isso, cupins da espécie Nasutitermes corniger foram colocados em contato com soluções líquidas com diferentes quantidades de lectina extraída do tronco da árvore. Depois, a equipe monitorou a sobrevivência dos insetos diariamente.
“O resultado nos surpreendeu, porque a madeira é considerada um tecido morto na planta, mas, ainda assim, existiam ali lectinas bioativas desempenhando atividade cupinicida”, destaca Paiva.
Nessa primeira fase do estudo, realizada entre 2004 e 2008, os testes foram bem-sucedidos: 100% dos cupins soldados morreram após um período de cinco a sete dias. Já os cupins operários demoraram um pouco mais, entre oito a dez dias. “Esse efeito diferenciado pode estar relacionado a diferenças biológicas entre as castas”, supõe a bioquímica. Segundo ela, a pequena variação no tempo necessário para matar todos os cupins de uma mesma casta está diretamente ligada à quantidade de lectina aplicada na solução líquida.
Isso seria, se pensarmos bem, uma verdadeira "MADEIRADA na cabeça dos cupins"!! Tente se colocar no lugar deles... Já pensou, se por exemplo, as vaquinhas começassem a fabricar substâncias tóxicas que afetassem diretamente no leite ou na carne?! Seria péssimo comer uma picanha envenenada, mas da mesma maneira que o tronco de aroeia-do-sertão não gosta de ser comido, as vacas também não devem gostar nem um pouco!! Enfim... resta-nos apenas contemplar as maravilhas da mãe Natureza, e entender que ela sempre dá um jeito para se adequar as coisas mais exóticas
possíveis!!!
POSTADO por
EDUARDO SOUSA d-.-b
EDUARDO SOUSA d-.-b
Dica do Ciencia Hoje
Já ouvi falar de outra que nem um mosquito encosta, pois more por conta e uma substancia que a mesma líber. Não lembro o nome da bendita!
ResponderExcluirGostei da aula, #KKK
Abraço do Ojuara, Inté!
Bastante criativo, texto muito bom e divertido de se ler. Parabéns pela postagem.
ResponderExcluirEh... pelo visto a nossa amiga natureza tem ainda muitas surpresas reservadas. Então, vamos à luta parceiros! A resposta pode estar em coisas bem simples.
abcs
Quanto ao último paragráfo, a comparação com a vaca e a possibilidade de uma carne envenenada, já vi estudos que comprovam que o processo de estresse que a vaca e outros animais sofrem a caminho da MORTE (descanse em paz) faz com que os mesmo liberem toxinas ruins na carne...então de certa forma estamos comendo carne envenenada :/ o ideal é ser vegetariano, mas quem vai deixar de comer uma suculenta picanha pra viver de alface? ahsuhauhsa
ResponderExcluirei pow, a madeira eh de 1ª, já que cupim não rói! :D
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