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terça-feira, 26 de abril de 2011

Tirando vantagem da energia perdida: A ENDOTERMIA

Olá galerinha, como vão? Comigo tudo indo... Peço desculpas aos seguidores pela ausência nessas ultimas semanas, mas é que, dentre outras coisas, o nosso bendito IFPI tem me tomado muito tempo. Mas vamos lá... hoje resolvi falar sobre um assunto que está relacionado aos vertebrados, e como alguns desses animais conseguiram converter prejuízo em benefício pra seus corpos. Espero que gostem! Abraçs...

A ENDOTERMIA NOS VERTEBRADOS

  • Homeotermia, termo antigo, ou endotermia, termo atualmente correto, é uma característica de alguns animais que lhes permite manter sua temperatura corporal relativamente constante à causa de uma alta taxa metabólica gerada pela intensa combustão de alimento energético nas células.
  • Synapsida é uma classe extinta de cordados. Os sinapsídeos são considerados como o grupo ancestral dos mamíferos. Sauropsídeos (Face de lagarto) é um grupo de amniotas que inclui todos os répteis existentes e aves e dos seus antepassados fósseis, incluindo os dinossauros, os ancestrais imediatos de aves. Sauropsídeos se distingue de Therapsidas (Face de besta), mais comumente chamado terapsídeos, que inclui os mamíferos e os seus antepassados fósseis.

Assim são descritos os principais termos do nosso post de hoje segundo o Wikipédia, a enciclopédia livre. Pois é meus caros, as aves atuais e nós mamíferos somos enquadrados no grupo dos animais endotérmicos, pois temos a capacidade de produzir e reter calor em nossos corpos. Mas o que é realmente ENDOTERMIA? Como nos tornamos animais endotérmicos? Quais as vantagens? São essas dúvidas que tentarei explicar aqui.


Pra começo de conversa, temos que entender que no momento da evolução dos Synapsida e Sauropsida ocorreram diversas modificações e adaptações para que se chegasse até onde estamos. Talvez as mais importantes tenham estejam relacionadas à locomoção e à ventilação dos pulmões. Nesses grupos animais, mudanças nas posiçoes de vértebras, adaptações dos músculos e deslocamentos de estruturas ocorreram para que se pudesse ter um organismo capaz de suportar atividades físicas por mais tempo. A partir dessas mudanças, os predadores, por exemplo, puderam perseguir suas presas por maiores distâncias e as presas, tiveram mais energia para continuar sua fuga por um tempo superior. Porém, esse passo evolutivo teve suas consequencias. Com o aumento da duração da corrida para os Synapsida e Sauropsida, veio também o aumento da produção de muito calor no corpo, fato que é considerado um passo crítico em direção à endotermia.

Para que a endotermia seja funcional de fato, é preciso que 2 fatores sejam respeitados, e além disso, ambos devem ocorrer juntos:
1. O animal deve ter um alto metabolismo → esse metabolismo elevado, faz com que grandes quantidades de calor sejam geradas no interior do corpo do animal;
2. O animal dever possuir um mecanismo de isolamento do calor no corpo → de nada adianta produzir calor se ele for completamente perdido, logo, necessita-se de algum isolante térmico corporal, que por vezes pode ser uma camada de gordura espessa, ou muitos pelos e/ou penas por todo o corpo.
Para os Synapsida as melhorias na locomoção e ventilação pulmonar levaram também a um aumento nas taxas de respiração. Porém, o ar do ambiente exteno é muito mais frio que o ar de dentro do corpo, e se o ar inalado entrasse nos pulmões da maneira que se encontra no ambiente, nossa mamãe urso e seu filhote da foto acima teriam seus pulmões congelados, levando-os à morte. Para que isso não ocorra, o ar inalado deve ser aquecido e umidificado antes de chegar aos pulmões. Mas se na hora de sair do corpo, esse mesmo ar continuasse humidificado e aquecido, o animal perderia muita água e calor para o ambiente. Então, para evitar isso, do ar exalado ocorre antes uma recuperação da água e do calor. As estruturas onde todos esses processos ocorrem são chamadas ossos turbinais e nos mamíferos eles ocorrem em dois tipos (olfatório e respiratório).

Quanto aos Sauropsida, pode-se dizer que a evolução na locomoção tenha sido também o pontapé inicial para sua adaptação completa como animais endotérmicos. Fósseis de Dromeossauros (terópodes proximos à transição para as aves) mostram que eles eram predadores de movimentos rápidos e que perseguiam suas presas, semelhantes aos Synapsida. O Caudipteryx foi o primeiro fóssil de dinossauro com penas já encontrado, e o Protoarchaeopteryx foi outro representante dos dromeossauros que era possuidor de penas, porém além das penas adaptadas para o isolamento térmico (presentes no Caudipteryx), o Protoarchaeopteryx possuía também penas associadas ao vôo. Apesar de possuírem penas, nenhum desses dois animais podia voar, pois tinham braços muito curtos para isso. A descoberta de Dromeossauros com penas no final da déc. 90 mostra que O ISOLAMENTO EVOLUIU ANTES DO VOO. Abaixo, duas fotos de como seriam os Caudipteryx.

Porém, em toda a história evolutiva dos Synapsida e Sauropsida, há lacunas ainda há serem preenchidas principalmente no que diz respeito ao metabolismo aos mecanismos de termorregulação. Os animais desses dois grupos apresentam algumas características favoráveis ao caminho da evolução que confrotam com outras que vão a contramão evolutiva, por exemplo:
  • Os SYNAPSIDA apesentam os ossos turbinais que auxiliam na termorregulação e sua estrutura corporal é favorável à locomoção, mas fósseis de animais desse táxon não evidenciam a presença de estruturas isolantes do calor corporal, tais como pelos ou gordura, já que estas não têm a capacidade de fossilização;
  • Os SAUROPSIDA também possuem corpos adaptados à sua capacidade locomotora e têm estruturas especializadas no processamento de comida, como a moela, por exemplo. Em alguns fósseis de Sauropsyda foram encontradas pedras dentro da moela (provavelmente para aumentar o atrito da comida e quebrá-la ainda mais, semelhante a o que fazem as aves atuais), mas em confronto à termorregulação está a ausência de ossos turbinais.
  • Os animais capazes de altos níveis de metabolismo devem durante as atividades, terem também altas taxas quando estão inativos? A resposta para essa questão é na verdade a base para a hipótese da capacidade aeróbica para a evolução da endotermia – taxas metabólicas aumentadas durante as atividades também leva a taxas de descanso aumentadas, o que levou a produção de calor suficiente para a termorregulação. 
 
Essas são questões ainda sem uma resposta clara e definitiva. Talvez você que esteja lendo possa no futuro descobrir as respostas para essas dúvidas e preencher as lacunas existentes. Já pensou!? rsrs... E foi basicamente assim que se deu o processo da ENDOTERMIA nos SYnapsida e nos Sauropsida. Abraçs e até breve!!!


POSTADO por EDUARDO SOUSA  d-.-b

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